terça-feira, 6 de abril de 2010

sozinha e longe de casa


É bom quando você se surpreende com você mesmo. Não era pra você estar assim, feliz. Sorrindo, seguindo a sua vida numa boa.

Um monte de coisas acontecendo. Com você, para você, contra você.

As pessoas... as que você mais quer estão tão longe. E, que cruel a vida!, mais cruel sou eu por tanta franqueza, mas algumas que você não quer, tão perto. Tão perto, incomodando, bisbilhotando, pedindo com clemência, fazendo com que você queira ir.

Salvador, Belo Horizonte, Caruaru, Saint Petersburg, Curitiba, Madrid, Tampa. Quero ir, quero ficar lá, entupir minhas veias de saudades daqui mesmo com tantos poréns. Quero o rapaz de carne e poesia, a amiga, o amigo, o garoto de nome óbvio. Quero eu mesma, eu sozinha, eu em paz, anônima, desconhecida.

Feliz ainda assim.

Há um atropelo de sentimentos, de opiniões, pessoas, acontecimentos e obrigações. Meus princípios, onde estão? Não estavam preparados para tanto. Meus princípios, eles sim foram. Tiraram férias de mim, disseram “é problema seu!” e agora estou aqui. Feliz, confusa, sem princípios nem fins.

“Você vai ficar aqui sozinha e longe de casa?!”

Quem me dera, amor. Quem me dera.


4 comentários:

binhobrill disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
binhobrill disse...

Sigo atualmente nesta linha.




E eu... tenho sido o que não podia.

Anônimo disse...

Sigo atualmente nesta linha (2)

;*

dani.ella disse...

rema que o barco vai ...
só não pode parar
;)