Eu podia estar triste; aliás, nessas circunstâncias, certamente eu estaria triste. Mas sabe-se-lá por qual motivo, hoje é um dia feliz pra mim. Eu podia ter mudado tudo, e quem sabe isso me tornaria uma pessoa fútil. Mas eu tô aqui, sentindo como se eu tivesse o controle da situação, uma certa aptidão pra analisar as coisas, e acho que devido a isso, estou feliz.
Às vezes a gente não sabe reconhecer os fatos, entender quando foi melhor assim, ou como a gente poderia ter feito diferente se não tivesse se acomodado. Por isso essa minha inquietude. Melhor mesmo é ser feliz; viver se lamentando não vai adiantar nada. Devemos à vida ao menos gratidão. Há sempre algo pelo que agradecer. Sempre.
Eu ouvi pessoas (a quem devemos credibilidade) dizerem que aquele que não consegue agradecer a seus pais certamente não consiguirá sucesso na vida. Para ser feliz, em primeiro lugar devemos amar e agradecer aos nossos pais com o sentimento mais profundo.
Então eu pensei nisso e...acho que 98% das pessoas guardam alguma mágoa de seu pai ou sua mãe. Muitos não conseguem demonstrar qualquer forma de carinho por eles. E muitas vezes não há um motivo pra isso. E com certeza, pra maioria, isso é muito difícil de se fazer.
Eu queria entender porque aos poucos as pessoas tornam o amor de pais e filhos algo tão frio e sem intimidade.
Um texto que começou feliz certamente deverá terminar feliz, porque não quero tornar esse blog um palco de tragédias gregas.
Hoje é um dia pra se pensar nas coisas simples da vida. Ou melhor, inventar coisas simples pras nossas vidas. Ontem mesmo, pensei eu em ser animadora de festas infantis. Hoje a vida ganhou um sentindo, um contexto mais simples. Em que você deveria passar o dia ouvindo música, lendo, explorando sites fotográficos, comendo bobagens e assistindo bons filmes enquanto chove. E que chova o dia todo.
Um comentário:
Então seu domingo foi bom, huh? Bom, eu já passaei da fase Sabino, mas é uma boa fase. Na sexta li o último conto do Nine Stories, do Salinger.
Abraço.
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