Em menos de um mês eu pensei em ser médica cardiologista, publicitária, fisioterapeuta, psicóloga, dsigner, fotógrafa e professora de português. Aí o Rubem Alves diz que os jovens estão muito restritos àquele "leque" de possibilidades que a faculdade oferece. Há 50 anos atrás, presava-se o diploma, e este era garantia de um cargo importante na sociedade. Porém, hoje as coisas mudaram (e como mudaram), e o diploma não é garantia. Ele citou exemplos de pessoas que após se aposentarem descobriram aptidão pra outras coisas, como um senhor que começou a fazer tapeçaria por falta do que fazer, e acabou indo expor sua arte no exterior. Um diploma talvez não seja necessário pra sua vida.
Então, a primeira coisa que me veio à cabeça foi: "animadora de festas infantis, huh?". Eu não faço idéia do que eu quero pra minha vida, mas nunca havia pensado em profissões dessas que não precisam de faculdade.
Claro que também não vamos radicalizar, só que não sou do tipo de pessoa muito apegada às coisas materiais. (Com exceção do meu computador, meu travesseiro, meus livros, meu leite em pó de cada dia, meu all star, meu CD do Raul etc...)
Já pensei em investir em algo que desse muito dinheiro pra depois poder fazer tudo o que eu realmente quero. Uma tolice, claro.
[Pensar nessas coisas sempre me dá um vazio.]
Mas o que me trouxe a escrever não foi essa questão, é claro. Foi a simples admiração pelo escritor. Adoro esses sábios senhores, que são livres para discorrer, ao mesmo tempo que respeitados por todos. Aquela imagem de bom velhinho, de vovô que conta historinhas. Quem não gosta, afinal?
Bons homens, os artistas.
Há 443 anos atrás, nasceu William Shakespeare; exatamente no dia 23 de abril.
"Vazias as veias, nosso sangue se arrefece, indispostos ficamos desde cedo, incapazes de dar e de perdoar. Mas quando enchemos os canais e as calhas de nosso sangue com comida e vinho, fica a alma muito mais maleável do que durante esses jejuns de padre."
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